quinta-feira, 26 de julho de 2007

Poesia alimentar a alma!


Ausência
Por muito tempo achei que a ausência é falta. E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim.



Carlos Drumond de Andrade.

2 comentários:

Sil disse...

Ah Drummond... sempre tão sublime com as palavras!!

Karla Medeiros disse...

Toda a nossa vida que vivemos atualmente, será refletida no futuro tão perto que temos que fazer muito bem todas as coisas!!!!!!!!!!